quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sistemas de Classifcação
Sistemas de Classificação são
estruturas complexas e ainda muito pouco exploradas pelos ouvintes
intérpretes porque dependem de elementos próprios da cultura surda, os
quais não são meramente aprendidos a partir da imitação, como acontece
com a maioria dos sinais. Por isso os ouvintes têm mais dificuldade em
reproduzi-los do que os surdos que o fazem naturalmente ancorados pela
sua base cultural natural.
Enfatizando
essa idéia de complexidade, reitero ser este estudo uma mera base
estrutural que nos ajudará a compreender um pouco deste vasto campo de
estudo composto pelos Sistemas de Classificação. Para isto, é válido
lembrar que existem algumas regras que permeiam esta ferramenta
valiosíssima da Língua de Sinais. Por exemplo, as (C.M.) utilizadas
para cada objeto ou ação representada.
“D” para pessoa
“5” para animal
“C” para objetos cilíndricos
“1” para formas geométricas
“B” para superfícies planas
“Y” para objetos multiformes e irregulares
“G” para objetos finos e longos
Sistemas de Classificação
são conjuntos de elementos visuais, entre os quais se podem encontrar
ou definir relações para a visualização da imagem mental. Essa
comunicação não-verbal, a icônica, não fala apenas no plano consciente,
mas, consegue chegar às profundezas do inconsciente.
Baseando-se
em sistemas de classificação, os surdos visualizam uma imagem mental
configurando com as mãos, e retratam a imagem para manter uma
comunicação com mais clareza de detalhes. Os traços essenciais desses
sistemas com movimentos e ritmos de imagens, articulados num ícone
apresentam relações análogas para a comunicação, que é formada a partir
de cortes, descrição de um objeto, pedaço de uma cena ou ação, e as
relações de umas com as outras, formando um painel de mosaicos com
fluência e ritmo.
Não
há forma sem significado, nem significado sem forma. Essa semântica,
esse significado peculiar é que retrata tanto a ação como a descrição
em estruturas funcionais. Porém o significado de uma forma depende do
repertório, e este é o significado real da linguagem. Mas, esse
repertório varia de pessoa para pessoa, dependendo da vivência e da
cultura de cada um, e a cultura depende da faixa sócio-econômica em que
se situa a pessoa, pois a formação e a informação dependem de muitos
outros fatores.
Os
Sistemas de Classificação nos permite explicar com clareza, frases,
palavras, coisas e situações que não possuem sinal próprio.
A
divisão que apresentamos a seguir é meramente didática, pois os
sistemas se interligam e se intra-relacionam intrinsecamente. Essa
tomada de imagens segue certa sequência que não se pode traduzir
palavra por palavra, pois a estrutura da Língua Portuguesa é diferente
da Língua de Sinais.
a) Sistema Descritivo:
Toda e qualquer descrição, poderá valer-se do uso de figuras
geométricas. Esta descrição deverá expor minuciosamente os elementos
visuais (forma, tamanho, textura e se precisar, a cor) e traçar a
figura geométrica do desenho do objeto.
b) Sistema Específico:
Este sistema deve retratar características especiais, com explicações
minuciosas, esmiuçar as particularidades das partes do corpo dos seres
animais. Ex: forma e tamanho dos pelos(comprido, curto arrepiado).
c) Sistema Funcional:
Deverá reproduzir a imagem da ação, a maneira como um corpo ou parte do
corpo age e atua. Esse movimento, configurado com as mãos, deverá
retratar o comportamento e/ou funcionamento de qualquer corpo. Ex:
mordida de animais, movimento dos olhos, trejeitos.
d) Sistema de Locação:
Deverá reproduzir a imagem de como um corpo se relaciona num
determinado lugar, definindo posições, localizações e expressões dessa
correspondência. Ex: sobre a mesa, no ar, no céu, etc.
e) Sistema Instrumental:
Deverá reproduzir a imagem de como se serve, se utiliza alguma coisa.
Ex: vassoura varrendo, gaveta abrindo, abrindo tampa de garrafa ou
vidros, ferramentas.
f) Sistema de Pluralização:
Esse sistema classifica números determinados ou indeterminados de
alguma coisa, pessoa ou animal. Ex: pessoa(s) ou animal(is) indo e
vindo.
g) Sistema de Elementos da Natureza: Reproduz a imagem de elementos que não são sólidos. Ex: o ar, a fumaça, a água líquida, a chuva, o fogo, a luz etc.
O Universal nas Línguas
Pesquisas sobre as línguas de
sinais vêm mostrando que estas línguas são comparáveis em
complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas
línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus
usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de
esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para
fazer poesias, estórias, teatro e humor.
Como
toda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com
novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta à
mudanças culturais e tecnológicas.
As
línguas de sinais não são universal, cada língua de sinais tem
sua própria estrutura gramatical Assim, como as pessoas ouvintes em
países diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas
surdas por toda parte do mundo, que estão inseridos em “Culturas
Surdas”, possuem suas próprias línguas, existindo portanto muitas
línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Francesa,
Chilena, Portuguesa, Americana, Argentina, Venezuelana, Peruana,
Portuguesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa,
Urubus-Kaapor, citando apenas algumas. Estas línguas são diferentes
uma das outras e independem das línguas orais-auditivas utilizadas
nesses e em outros países, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem
a mesma língua oficial, o português, mas as línguas de sinais
destes países são diferentes, o mesmo acontece com os Estados
Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que uma
mesma língua de sinais seja utilizada por dois países, como é o
caso da língua de sinais americana que é usada pelos surdos dos
Estados Unidos e do Canadá.
Embora,
surdos de países com línguas de sinais diferentes comunicam-se mais
rapidamente uns com os outros, fato que não ocorre entre falantes de
línguas orais, que necessitam de um tempo bem maior para um
entendimento. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm
em desenvolver e aproveitar gestos e pantomimas para a comunicação
e estarem atentos as expressões faciais e corporais das pessoas.
A
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a língua de sinais
utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde existem
comunidades surdas, mas além dela, há registros de uma outra língua
de sinais que é utilizada pelos índios Urubus-Kaapor na Floresta
Amazônica.
A
LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade
gestual-visual porque utiliza, como canal ou meio de comunicação,
movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela
visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa, que é uma língua
de modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de
comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos.
Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais
diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.
Embora
com as diferenças peculiares a cada língua, todas as línguas
possuem algumas semelhanças que a identificam como língua e não
linguagem como, por exemplo, a linguagem das abelhas, dos golfinhos,
dos macacos, enfim, a comunicação dos animais.
Uma
semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir
de unidades mínimas que formam unidades mais complexas, ou seja,
todas possuem os seguintes níveis lingüísticos: o fonológico, o
morfológico, o sintático, o semântico e o pragmático.
No
nível fonológico, as línguas são formadas de fonemas. Os fonemas
só têm valor contrastivo, não têm significado mas, a partir das
regras de cada língua, se combinam para formar os morfemas e estes
as palavras.
Na
língua portuguesa, os fonemas I m I I n I I s I I a I I e I I i I
podem se combinar e formar a palavra I meninas I.
No
nível morfológico, esta palavra é formada pelos morfemas {menin-}
{-a} {-s}. Diferentemente dos fonemas, cada um destes morfemas tem um
significado: {menin-} é o radical desta palavra e significa
“criança”, o morfema {-a} significa “gênero feminino” e o
morfema {-s} significa “plural”.
No
nível sintático, esta palavra pode se combinar com outras para
formar a frase, que precisa ter um sentido em coerência com o
significado das palavras em um contexto, o que corresponde aos níveis
semântico (significado) e pragmático (sentido no contexto: onde
está sendo usada) respectivamente.
Outra
semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua
podem expressar seus pensamentos diferentemente por isso uma pessoa
que fala uma determinada língua a utiliza de acordo com o contexto:
o modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma
pessoa estranha. Isso é o que se chama de registro. Quando se
aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la a partir
do contexto.
Outra
semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças
quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa
etária e ao sexo. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha
com a norma culta, a norma padrão, que é utilizada na forma escrita
e falada e sempre toma alguma região e um grupo social como padrão.
Ao
se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque
elas, embora sendo de modalidade diferente, possuem também estas
características em relação às diferenças regionais,
sócio-culturais, entre outras, e em relação às suas estruturas
que também são compostas pelos níveis descritos acima.
As Categorias Gramaticais na LIBRAS
As
categorias gramaticais ou parte do discurso são os paradigmas ou
classes de palavras de uma língua. Todas língua possui palavras que
são classificadas como fazendo parte de um tipo, classe ou paradigma
em relação as seus aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos
e pragmáticos. Assim, na língua portuguesa, por exemplo, os
substantivos são palavras que possuem desinência de gênero e
número, são as palavras-chave de um sintagma nominal que pode ter a
função de sujeito ou de objeto.
Embora
todas as línguas não possuam as mesmas classes gramaticas e muitas
línguas não possuem algumas, isso não implica carência ou
inferioridade, as línguas tem formas diferenciadas para expressar os
conceitos. Por exemplo, na LIBRAS não há artigos, em inglês
somente este uma forma para para artigo definido: “the”.
As
outras categorias, que existem na língua portuguesa, também existem
na LIBRAS. Aqui serão apresentadas algumas e estudos mais
aprofundados destas e de outras, que não serão mencionadas, já
estão sendo feitos:
Basicamente
na LIBRAS, há dois tipos de verbo:
a)
verbos que não possuem marca de concordância, embora possam ter
flexão para aspecto verbal;
b)
verbos que possuem marca de concordância.
Quando
se faz uma frase com verbos do primeiro grupo, é como se eles
ficassem no infinitivo, por exemplo:
(1)
EU TRABALHAR FENEIS “eu trabalho na
FENEIS”;
(2)EL@ TRABALHAR FENEIS “ele/a trabalha na FENEIS”;
(3) EL@ TRABALHAR FENEIS “eles/as trabalham na FENEIS.
Os
verbos do segundo grupo podem ser subdivididos em:
1.
Verbos
que possuem concordância número-pessoal:
a orientação marca as pessoas do discurso. O ponto inicial concorda
com o sujeito e o final com o objeto. Exemplos
:
(4) 1sPERGUNTAR2s
“eu pergunto a você”;
(5) 2sPERGUNTAR1s
“você me pergunta”
2.
Verbos
que possuem concordância de gênero:
são verbos classificadores porque a eles estão incorporados,
através da configuração de mão, uma concordância de gênero:
PESSOA, ANIMAL ou COISA. Exemplos:
(6)
pessoaANDAR
(configuração da mão em G);
(7) veículoANDAR/MOVER
(configuração da mão em 5 ou B, palma para baixo)
(8) animalANDAR
(configuração da mão em 5 ou 5, palma para baixo);
3.
Verbos
que possuem concordância com a localização:
são verbos que começam ou terminam em um determinado lugar que se
refere ao lugar de uma pessoa, coisa, animal ou veículo, que está
sendo colocado, carregado, etc. Portanto o ponto de articulação
marca a localização. Exemplos:
(9)
COPO MESAk
coisa
arredondadaCOLOCARk;
(10) CABEÇAk
ATIRARk.
Estes
tipos de concordância podem coexistir em um mesmo verbo. Assim, há
verbos que possuem concordância de gênero e localização, como o
verbo COLOCAR acima; e concordância número-pessoal e de gênero,
como o verbo DAR. Concluindo, pode-se esquematizar o sistema de
concordância verbal, na LIBRAS, da seguinte maneira:
1.
concordância número-pessoal
=> parâmetro orientação
|
2.
concordância de gênero e número
=> parâmetro configuração de mão
3.
concordância de lugar
=> parâmetro ponto de articulação
5.1.1.
Classificador na LIBRAS
Nas
línguas do mundo as classificações podem se manifestam de várias
formas. Podem ser:
- uma desinência, como em português, que classifica os substantivos e os adjetivos em masculino e feminino: menina - menino;
- pode ser uma partícula que se coloca entre as palavras;
- e ainda pode ser uma desinência que se coloca no verbo para estabelecer concordância.
Ao se atribuir uma qualidade a
uma coisa como, por exemplo: arredondada, quadrado, cheio de bolas,
de listras, etc isso representa um tipo de classificação porque é
uma adjetivação descritiva, mas isso não quer dizer que seja,
necessariamente, um classificador como se vem trabalhando este
conceito nos estudos lingüísticos.
Para
os estudiosos deste assunto, um classificador é uma forma que existe
em número restrito em uma língua e estabelece um tipo de
concordância.
Na
LIBRAS, os classificadores são configurações de mãos que,
relacionadas à coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de
concordância.
Assim,
na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome
que as precedem, pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito
ou o objeto que está ligado à ação do verbo. Portanto os
classificadores na LIBRAS são marcadores de concordância de gênero:
PESSOA, ANIMAL, COISA.
Os
classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado
ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas
mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao número.
Os
classificadores para COISA representam, através da concordância,
uma característica desta coisa que está sendo o objeto da ação
verbal, exemplos:
(11)
COPO MESAk
coisa arredondadaCOLOCARk;
(12)
2 CARRO veículoANDAR-UM-ATRÁS-DO-OUTRO
(md)
veículoANDAR
(me)
(13)
M-A-R-I-A A-L-E-X
pessoaPASSAR-UM-PELO-OUTRO
(md)
pessoaPASSAR
(me)
Não
se deve confundir os classificadores, que são algumas configurações
de mãos incorporadas ao movimento de certos tipos de verbos, com os
adjetivos descritivos que, nas línguas de sinais, por estas serem
espaço-visuais, representam iconicamente qualidades de objetos. Por
exemplo, para dizer nestas línguas que “uma pessoa está vestindo
uma blusa de bolinhas, quadriculada ou listrada”, estas expressões
adjetivas serão desenhadas no peito do emissor, mas esta descrição
não é um classificador, e sim um adjetivo que, embora classifique,
estabelece apenas uma relação de qualidade do objeto e não relação
de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, que é a
característica dos classificadores na LIBRAS, como também em outras
línguas orais e de sinais.
5.1.2.
Advérbios de tempo
Na
LIBRAS não há marca de tempo nas formas verbais, é como se os
verbos ficassem na frase quase sempre no infinitivo. O tempo é
marcado sintaticamente através de advérbios de tempo que indicam se
a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no
passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por
isso os advérbios geralmente vem no começo da frase, mas podem ser
usados também no final. Para um tempo verbal indefinido, usa-se os
sinais:
- HOJE, que traz a idéia de “presente”;
- PASSADO, que traz a idéia de “passado”;
- FUTURO, que traz a idéia de futuro.
Os
adjetivos são sinais que formam uma classe específica na LIBRAS e
sempre estão na forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para
gênero (masculino e feminino), em para número (singular e plural).
Muitos
adjetivos, por serem descritivos e classificadores, apresentam
iconicamente uma qualidade do objeto, desenhando-a no ar ou
mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor.
Em
português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo
arredondado, quadrado, listrados, etc está, também, descrevendo e
classificando, mas na LIBRAS esse processo é mais “transparente”
porque o formato ou textura são traçados no espaço ou no corpo do
emissor, em uma tridimensionalidade permitida pela modalidade da
língua.
Em
relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm
após o substantivo que qualifica. Exemplos:
(14)
PASSADO EU GORD@ MUITO-COMER, AGORA EU MAGR@ EVITAR COMER
(15)
LEÃ@ COR CORPO AMAREL@ PERIGOS@
(16)
RAT@ PEQUEN@, COR PRET@, ESPERT@
5.2.1.
Comparativo de igualdade, superioridade e inferioridade
Em
LIBRAS, também, pode ser comparada uma qualidade a partir de três
situações: superioridade, inferioridade e igualdade.
Para
se fazer os comparativos de superioridade e inferioridade, usa-se os
sinais MAIS ou MENOS antes do adjetivo comparado, seguido da
conjunção comparativa DO-QUE, ou seja:
- comparativo de superioridade: X MAIS ------- DO-QUE Y;
- comparativo de inferioridade: X MENOS ---- DO-QUE Y.
Para o comparativo de
igualdade, podem ser usados dois sinais: IGUAL (dedos indicadores e
médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos em
B, viradas para frente encostadas lado a lado), geralmente no final
da frase. Exemplos:
(17)
VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
(18)
VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
(19)
VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)
IGUAL (md)
5.3.1.
Pronomes pessoais
A
LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do
discurso:
- primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NóS-3, NÓS-4, NÓS-GRUPO, NÓS-TOD@;
- segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): VOCÊ, VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊ-TOD@;
- terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@-GRUPO, EL@-TOD@
No singular, o sinal para
todas as pessoas é o mesmo, ou seja, a configuração da mão
predominante é em “d” ( dedo indicador estendido, veja alfabeto
manual), o que difere uma das outras é a orientação da mão: o
sinal para “eu” é um apontar para o peito do emissor (a pessoa
que está falando), o sinal para “você” é um apontar para o
receptor (a pessoa com quem se fala) e o sinal para “ele/ela” é
um apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um
lugar convencionado para uma terceira pessoa que está sendo
mencionada.
No
dual, a mão ficará com o formato de dois, no trial o formato será
de três, no quatrial o formato será de quatro e no plural há dois
sinais: um sinal composto formado pelo sinal para a respectiva pessoa
do discurso, no singular, mais o sinal GRUPO; e outro sinal para
plural que é feito pela mão predominante com a configuração em
“d” fazendo um círculo.
Como
na língua portuguesa, na LIBRAS, quando uma pessoa surda está
conversando, ela pode omitir a primeira pessoa e a segunda porque,
pelo contexto, as pessoas que estão interagindo sabem a qual das
duas o verbo está relacionado, por isso, quando estas pessoas estão
sendo utilizadas pode ser para dar ênfase à frase.
Quando
se quer falar sobre uma terceira pessoa que está presente, mas
deseja-se uma certa reserva, por educação, não se aponta para esta
pessoa diretamente. Nesta situação, o emissor faz um sinal com os
olhos e um leve movimento de cabeça para a direção da pessoa que
está sendo mencionada, ou aponta para a palma da mão encontrando o
dedo na mão um pouco à frente do peito do emissor, estando esta mão
voltada para a direção onde se encontra a pessoa referida.
5.3.2.
Pronomes demonstrativos e advérbios de lugar
Na
LIBRAS os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar têm o
mesmo sinal, somente o contexto os diferencia pelo sentido da frase
acompanhada de expressão facial.
Este
tipo de pronome e de advérbio estão relacionados às pessoas do
discurso e representam, na perspectiva do emissor, o que está bem
próximo, perto e distante.
Estes
pronomes ou advérbios têm a mesma configuração de mãos dos
pronomes pessoais (mão em d), mas os pontos de articulação e as
orientações do olhar são diferentes.
Assim,
EST@ / AQUI é um apontar para o lugar perto e em frente do emissor,
acompanhado de um olhar para este ponto; ESS@ / AÍ é um apontar
para o lugar perto e em frente do receptor, acrescido de um olhar
direcionado não para o receptor , mas para o ponto apontado perto
segunda pessoa do discurso; e AQUELE / LÁ é um apontar para um
lugar mais distante, o lugar da terceira pessoa, mas diferentemente
do pronome pessoal, ao apontar para este ponto há um olhar
direcionado:
PRONOMES
PESSOAIS PRONOMES DEMONOSTRATIVOS
E
ADVÉRBIOS DE LUGAR
EU
olhando para o receptor
EST@ / AQUI olhando
para o lugar apontado, perto do emissor (perspectiva do
emissor)
VOCÊ
olhando para o recptor
ESS@ / AÍ olhando
para o lugar apontado, perto da 2a. pessoa (perspectiva
do emissor)
EL@
olhando
para o receptor
AQUEL@ / LÁ olhando
para o lugar convencionado para 3a pessoa ou coisas afastadas
Como os
pronomes pessoais, os pronomes demonstrativos também não possuem
marca para gêneros masculino e feminino e, por isso, está ausência,
ou neutralidade, está sendo assinalada pelo símbolo @.
5.3.3.
Pronomes possessivos
Os
pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não
possuem marca para gênero e estão relacionados às pessoas do
discurso e não à coisa possuída, como acontece em português:
- EU => ME@ SOBRINH@;
- VOCÊ => TE@ ESPOS@;
- EL@ => SE@.FILH@
Para a primeira pessoa: ME@,
pode haver duas configurações de mão: uma é a mão aberta com os
dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a
configuração da mão em P com o dedo médio batendo no peito.
Para
as segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração
em P, mas o movimento é em direção à pessoa referida: segunda ou
terceira.
Não
há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial,
quadrial e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes
pessoais correspondentes. Exemplo: NÓS FILH@ “nosso(a)
filho(a)”
5.3.4.
Pronomes Interrogativos
5.3.4.1.
QUE, QUEM, ONDE
Os
pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início
da frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando
está sendo usado com o sentido de “quem-é” ou “de quem é”
são mais usados no final. Todos os três sinais têm uma expressão
facial interrogativa feita simultaneamente com eles.
O
pronome interrogativo QUEM, dependendo do contexto, tem duas formas
diferentes, os sinais QUEM e o sinal soletrado QUM. Se se quer
perguntar “quem está tocando a campainha”, usa-se o sinal QUEM;
se quer perguntar “quem faltou hoje” ou “quem está falando”
ou ainda “quem fez isso”, usa-se o sinal soletrado QUM, como nos
exemplos abaixo:
interrog.
(20) QUEM
QUEM NASCER RIO?
QUEM FAZER ISSO?
PESSOA, QUEM-É? “Quem é esta
pessoa?”
CANETA, QUEM-É “De quem
é está caneta”
(contexto: Telefone TDD tocar) QUEM-É?
(contexto: Campainha tocar) QUEM-É
interrog.
(21) QUM
QUM TER LIVR@?
QUM FALAR?
5.3.4.2.
QUAL, COMO, PARA-QUE e POR-QUE
Na
LIBRAS, há uma tendência para a utilização, no final da frase,
dos pronomes interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUE, e para a
utilização, no início da frase, do pronome interrogativo POR-QUE,
mas os primeiros podem ser usados também no início e POR-QUE pode
ser utilizado também no final.
Não
há diferença entre o “por que” interrogativo e o “porque”
explicativo, o contexto mostra, pelas expressões facial e corporal,
quando ele está sendo usado em frase interrogativa ou em frase
explicativa à pergunta.O pronome interrogativo COMO também tem
outra forma em datilologia:
C-O-M-O.
Exemplos:
- QUAL?
(22) BLUSA MAIS BONIT@. ESTAMPAD@ OU LIS@ QUAL?
MAIS BONIT@ ESTAMPAD@.
(23)
VOCÊ LER LIVRO? QUAL NOME?
NOME “ VENDO VOZES”
- COMO?
(24) VOCÊ IR PRAIA AMANHÃ
CARRO ÔNIBUS A-PÉ? COMO?
CARRO. VOCÊ QUER IR-JUNTO?
(25)
EL@ COMPRAR CARRO? C-O-M-O TER DINHEIRO?
EL@ GANHAR LOTO
- PARA-QUE?
(26) FALAR M-L EL@ PRA-QUE?
PORQUE EU GOSTAR-NÃO EL@
(27)
CHEGAR ATRASAD@ , VOCÊ BEBER?
NÃO, PENSAR M-L! PRA-QUE? BOBAGEM! exp.facial
“parece que ele percebeu, me dei mal!!
- POR-QUE?
...interrog...
(28) POR-QUE FALTAR ONTEM TRABALHAR?
POR-QUE ESTAR DOENTE.
5.3.4.3.
QUANDO, DIA, QUE-HORA, QUANTAS-HORAS
- QUANDO e DIA
Sempre simultaneamente aos
pronomes ou expressões interrogativas há uma expressão facial
indicando que a frase está na forma interrogativa.
A
pergunta com QUANDO está relacionada a um advérbio de tempo na
resposta ou a um dia específico. Por isso há três sinais
diferentes para “quando”. Um que especifica passado:
QUANDO-PASSADO ( palma da mão com um movimento para o corpo do
emissor), outro que especifica futuro: QUANDO-FUTURO (palma da mão
com um movimento para fora do corpo do emissor), e outro que
especifica o dia: DIA. Exemplos:
interrogativo
(29) QUANDO-PASSADO
interrogativo
- EL@ VIAJAR RECIFE QUANDO-PASSADO?
Resposta: ONTEM, MÊS PASSADO,
ANO-PASSADO, etc.
interrogativo
interrogativo
(30) QUANDO-FUTURO ou DIA
interrogativo
- EL@ VIAJAR SÃO-PAULO QUANDO-FUTURO?
Resposta: AMANHÃ, PRÓXIMO
MÊS, DOMINGO, etc;
interrogativo
(31) DIA
interrogativo
- EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ CASA. VOCÊ PODER DIA?
Resposta: SÁBADO QUE-VEM, EU
PODER.
- Que-horas e Quantas-horas
Na LIBRAS, para se referir a
horas, usa-se a mesma configuração dos numerais para quantidade e,
após doze horas, não se continua a contagem, começa-se a contar
novamente: 1 HORA, 2 HORA, 3 HORA, etc, acrescentando o sinal TARDE,
quando necessário, porque geralmente pelo contexto já se sabe se
está se referindo à manhã, tarde, noite ou madrugada.
A
expressão interrogativa QUE-HORAS? (um apontar para o pulso), está
relacionada ao tempo cronológico, exemplo:
(32)
QUE-HORAS
- AULA COMEÇAR QUE-HORAS AQUI?
- VOCÊ TRABALHAR COMEÇAR QUE-HORAS?
- AULA TERMINAR QUE-HORAS?
- VOCÊ ACORDAR QUE-HORAS?
- VOCÊ DORMIR QUE-HORAS?
Já a expressão interrogativa
QUANTAS-HORAS ( um círculo ao redor do rosto) está sempre
relacionada ao tempo gasto para se realizar alguma atividade,
exemplos:
interrogativo
(33) QUANTAS-HORAS
- VIAJAR SÃO-PAULO QUANTAS-HORAS?
- TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS?
- Expressões idiomáticas relacionadas ao ano sideral
Na LIBRAS há 2 sinais diferentes para a idéia “dia”: um sinal relacionado a dia do mês, que é a datilologia D-I-A, e o sinal DIA (duração), (que tem a configuração de mão em d, batendo na testa no lado direito) Exemplos:
(34)
D-I-A AMANHÃ?
AMANHÃ D-I-A 17
(35)
VIAJAR RECIFE ÔNIBUS EU CANSAD@ DIA-2
“Eu estou cansada porque viajei 2 dias de ônibus para o Recife”
Os
numerais de 1 a 4 podem ser incorporados aos sinais DIA (duração),
SEMA-NA, MÊS e ANO e VEZ, exemplos:
(36)
DIA-1, DIAS-2;
(37)
SEMANA-1, SEMANA-2, SEMANA-3, SEMANA-4;
(38)
MÊS-1, MÊS-2, MÊS-3;
(39)
ANO-1, AN0-2, ANO-3;
(40)
VEZ-1, VEZ-2, VEZ-3, MUIT@-VEZES
A
partir do numeral 5, não há mais incorporação e a construção
utilizada é formada pelo sinal seguido do numeral segue. Esta
construção também pode ser usada para os numerais inferiores a 5,
que permitem a incorporação mencionada acima, exemplos:
(41)
DIA 4, DIA 20, SEMANA 8, ANO 6
Aos
sinais DIA (duração) e SEMANA podem ser incorporadas a freqüência
ou duração através de um movimento prolongado ou repetido.
Exemplos:
(42)
TODOS-OS-DIAS - movimento repetido;
(43)
DIA-INTEIRO “o dia todo” - movimento alongado;
(44)
TOD@-SEMANA 2ª-FEIRA “ todas as segundas” -
mov. alongado,
TOD@-SEMANA 4 a-FEIRA “todas as quartas”
As
línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais
quando utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida,
idade, dias da semana ou mês, horas e valores monetários. Isso
também acontece na LIBRAS.
Nesta
língua é agramatical, ou seja, errado a utilização de uma única
configuração das mãos para determinados numerais que têm
configurações específicas que dependem do contexto, por exemplo: o
numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1, como em LIVRO 1, que
é diferente de PRIMEIRO-LUGAR, que é diferente de PRIMEIRO-ANDAR,
que é diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é diferente de MÊS-1.
Os
numerais cardinais, as quantidades, e idade a partir do número 11
são idênticos. Os números 22, 33, 44 e 77 sempre são articulados
com a mão apontando para a frente do emissor.
Os
numerais ordinais do PRIMEIRO até o NONO têm a mesma forma dos
cardinais, mas aqueles possuem movimentos enquanto estes não
possuem. Os ordinais do PRIMEIRO até o QUARTO têm movimentos para
cima e para baixo e os ordinais do QUINTO até o NONO têm movimentos
para os lados. A partir do numeral DEZ, não há mais diferença
entre os cardinais e ordinais.
5.4.1.
Utilização dos numerais para valores monetários, pesos e medidas
Em
LIBRAS para se representar os valores monetários de um até nove
reais, usa-se o sinal do numeral correspondente ao valor,
incorporando a este o sinal VÍRGULA. Por isso o numeral para valor
monetário terá pequenos movimentos rotativos. Pode ser usado também
para estes valores acima os sinais dos numerais correspondentes
seguido do sinais soletrados R-L “real” ou R-S “reais”.
Para
valores de um mil até nove mil também há a incorporação do sinal
VÍRGULA, mas aqui o movimento desta incorporação é mais alongando
do que os valores anteriores (de 1 até nove reais). Pode ser usado
também para estes valores acima os sinais dos numerais
corres-pondente seguido de PONTO.
Para
valores de um milhão para cima, usa-se também a incorporação do
sinal VÍRGULA com o numeral correspondente, mas aqui o movimento
rotativo é mais alongado do que em mil. Pode-se notar uma gradação
tanto na expressão facial como neste movimento da vírgula
incorporada que ficam maiores e mais acentuados : de 1 a 9 <
de 1.000 a 9.000 < de 1.000.000 a 9.000.000.
Quando
o valor é centavo, o sinal VÍRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na
maioria das vezes não precisa usar o sinal ZERO para centavo porque
o contexto pode esclarecer e os valores para centavos ficam iguais
aos numerais cardinais.
Tipos
de Frases na LIBRAS
As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em LIBRAS está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase, exemplos:
- FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra
(45) Meu nome M-A-R-I-A.
- FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima
interrog
(46) NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita
simultaneamente ao sinal QUAL)
interrog
(47) NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal NOME)
- FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo.
(48) EU VIAJAR RECIFE, BOM! BONIT@ LÁ! CONHECER MUIT@ SURD@
- FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através de três processos:
a) com o acréscimo do sinal NÃO `a frase afirmativa:
negação
(49) BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO;
b)
com a incorporação de um movimento contrário ao do sinal negado:
negação
(50) GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE;
negação
(51) EU TER-NÃO TTD;
c)com
um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação
que está sendo negada ou juntamente com os processos acima:
não
(52) EU VIAJAR PODER
À
guisa de conclusão
Compreender
a gramática de uma língua é apreender as regras de formação e de
combinação dos elementos desta língua. Nesta introdução, a
LIBRAS pôde ser percebida a partir de algumas classes gramaticais.
Os estudos, já em andamento, aprofundando nos pontos aqui
apresentados e em outros não mencionados, poderão mostrar a
gramática desta língua.
1.
Sinais da LIBRAS:
em letras maiúsculas em língua portuguesa.
Exemplos:
CASA, ESTUDAR, CRIANÇA.
2.
Sinal único:
duas ou mais palavras da língua portuguesa separadas por hífen.
Exemplos:
CORTAR-COM-FACA, NÃO-QUERER "não querer", COMER-MAÇÃ,
MEIO-DIA, AINDA-NÃO.
3.
Sinal composto:
duas ou mais palavras separadas pelo símbolo ^. Exemplos:
CAVA-LO^LISTRA “zebra”.
4.
Datilologia
(alfabeto manual): palavra separada, letra por letra, por hífen.
Exemplos: J-O-Ã-O, A-N-E-S-T-E-S-I-A.
5.
Sinal
soletrado:
datilologia da palavra, ou algumas letras dela, em itálico.
Exemplos: R-S “reais”, A-C-H-O “acho”,
QUM “quem”, N-U-N-C-A.
6.
Ausência de marca para gêneros (masculino e feminino) e número
(plural):
símbolo @.
Exemplos:
AMIG@ “amiga(s) e amigo(s)” , FRI@ “fria(s) e
frio(s)”, MUIT@ “muita(s) e muito(s)”, TOD@, (toda(s) e
todo(s), EL@ “ela(s), ele(s), ME@ “minha(s) e
meu(s)”.
7.
Expressões facial e corporal:
especificação sobreposta ao sinal.
a)
tipo de frase: !, ?, ?! ou interrogativa
ou ...
i ... negativa
ou ...
neg ...
b)
advérbio de modo ou intensificador: muito
rapidamente exp.f "espantado"
8.
Concordância de gênero (pessoa, coisa, animal):
Exemplos:
pesssoaANDAR,
veículoANDAR,
coisa-arredondadaCOLOCAR
9.
Concordância
de lugar e/ou número pessoal:
a)
variáveis
que indicam o lugar:
i = ponto próximo à 1a
pessoa
j = ponto próximo à 2a
pessoa
k e k' = pontos próximos à 3a
pessoas
e = esquerda
d = direita
b)
pessoas
gramaticais:
1s,
2s, 3s
= 1a,
2a
e 3a
pessoas do singular;
1d,
2d, 3d
= 1a,
2a
e 3a
pessoas do dual;
1p,
2p, 3p
= 1a,
2a
e 3a
pessoas do plural; etc
Exemplos:
1s
DAR2s
"eu dou para você",
2sPERGUNTAR3P
"você pergunta para eles/elas",
kdANDARk'e
"andar da direita para à esquerda”
10.
Marca de plural pela repetição do sinal:
uma cruz no lado direto acima do sinal:
Exemplo:
GAROTA +
11.
Sinal ou sinais feitos pelas duas mãos simultaneamente:
um abaixo do outro com indi-cação das mãos: direita (md) e
esquerda (me).
Exemplos:
IGUAL (me)
muitas-pessoasANDAR
(me)
IGUAL (md)
pessoaANDAR
(md)
12.
Tradução da frase da LIBRAS para a língua portuguesa:
uso de “ ”
Exemplo:
1s
DAR2S
"eu dou para você"
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