quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Sistemas de Classifcação


Sistemas de Classificação são estruturas complexas e ainda muito pouco exploradas pelos ouvintes intérpretes porque dependem de elementos próprios da cultura surda, os quais não são meramente aprendidos a partir da imitação, como acontece com a maioria dos sinais. Por isso os ouvintes têm mais dificuldade em reproduzi-los do que os surdos que o fazem naturalmente ancorados pela sua base cultural natural.
Enfatizando essa idéia de complexidade, reitero ser este estudo uma mera base estrutural que nos ajudará a compreender um pouco deste vasto campo de estudo composto pelos Sistemas de Classificação. Para isto, é válido lembrar que existem algumas regras que permeiam esta ferramenta valiosíssima da Língua de Sinais. Por exemplo, as (C.M.) utilizadas para cada objeto ou ação representada.

“D” para pessoa
“5” para animal
“C” para objetos cilíndricos
“1” para formas geométricas
“B” para superfícies planas
“Y” para objetos multiformes e irregulares
“G” para objetos finos e longos

Sistemas de Classificação são conjuntos de elementos visuais, entre os quais se podem encontrar ou definir relações para a visualização da imagem mental. Essa comunicação não-verbal, a icônica, não fala apenas no plano consciente, mas, consegue chegar às profundezas do inconsciente.
Baseando-se em sistemas de classificação, os surdos visualizam uma imagem mental configurando com as mãos, e retratam a imagem para manter uma comunicação com mais clareza de detalhes. Os traços essenciais desses sistemas com movimentos e ritmos de imagens, articulados num ícone apresentam relações análogas para a comunicação, que é formada a partir de cortes, descrição de um objeto, pedaço de uma cena ou ação, e as relações de umas com as outras, formando um painel de mosaicos com fluência e ritmo.
Não há forma sem significado, nem significado sem forma. Essa semântica, esse significado peculiar é que retrata tanto a ação como a descrição em estruturas funcionais. Porém o significado de uma forma depende do repertório, e este é o significado real da linguagem. Mas, esse repertório varia de pessoa para pessoa, dependendo da vivência e da cultura de cada um, e a cultura depende da faixa sócio-econômica em que se situa a pessoa, pois a formação e a informação dependem de muitos outros fatores.

Os Sistemas de Classificação nos permite explicar com clareza, frases, palavras, coisas e situações que não possuem sinal próprio.

A divisão que apresentamos a seguir é meramente didática, pois os sistemas se interligam e se intra-relacionam intrinsecamente. Essa tomada de imagens segue certa sequência que não se pode traduzir palavra por palavra, pois a estrutura da Língua Portuguesa é diferente da Língua de Sinais.

a) Sistema Descritivo: Toda e qualquer descrição, poderá valer-se do uso de figuras geométricas. Esta descrição deverá expor minuciosamente os elementos visuais (forma, tamanho, textura e se precisar, a cor) e traçar a figura geométrica do desenho do objeto.
b) Sistema Específico: Este sistema deve retratar características especiais, com explicações minuciosas, esmiuçar as particularidades das partes do corpo dos seres animais. Ex: forma e tamanho dos pelos(comprido, curto arrepiado).
c) Sistema Funcional: Deverá reproduzir a imagem da ação, a maneira como um corpo ou parte do corpo age e atua. Esse movimento, configurado com as mãos, deverá retratar o comportamento e/ou funcionamento de qualquer corpo. Ex: mordida de animais, movimento dos olhos, trejeitos.
d) Sistema de Locação: Deverá reproduzir a imagem de como um corpo se relaciona num determinado lugar, definindo posições, localizações e expressões dessa correspondência. Ex: sobre a mesa, no ar, no céu, etc.
e) Sistema Instrumental: Deverá reproduzir a imagem de como se serve, se utiliza alguma coisa. Ex: vassoura varrendo, gaveta abrindo, abrindo tampa de garrafa ou vidros, ferramentas.
f) Sistema de Pluralização: Esse sistema classifica números determinados ou indeterminados de alguma coisa, pessoa ou animal. Ex: pessoa(s) ou animal(is) indo e vindo.
g) Sistema de Elementos da Natureza: Reproduz a imagem de elementos que não são sólidos. Ex: o ar, a fumaça, a água líquida, a chuva, o fogo, a luz etc.

O Universal nas Línguas



    Pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que estas línguas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer poesias, estórias, teatro e humor.
    Como toda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta à mudanças culturais e tecnológicas.
    As línguas de sinais não são universal, cada língua de sinais tem sua própria estrutura gramatical Assim, como as pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão inseridos em “Culturas Surdas”, possuem suas próprias línguas, existindo portanto muitas línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Francesa, Chilena, Portuguesa, Americana, Argentina, Venezuelana, Peruana, Portuguesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa, Urubus-Kaapor, citando apenas algumas. Estas línguas são diferentes uma das outras e independem das línguas orais-auditivas utilizadas nesses e em outros países, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem a mesma língua oficial, o português, mas as línguas de sinais destes países são diferentes, o mesmo acontece com os Estados Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que uma mesma língua de sinais seja utilizada por dois países, como é o caso da língua de sinais americana que é usada pelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá.
    Embora, surdos de países com línguas de sinais diferentes comunicam-se mais rapidamente uns com os outros, fato que não ocorre entre falantes de línguas orais, que necessitam de um tempo bem maior para um entendimento. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e aproveitar gestos e pantomimas para a comunicação e estarem atentos as expressões faciais e corporais das pessoas. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a língua de sinais utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde existem comunidades surdas, mas além dela, há registros de uma outra língua de sinais que é utilizada pelos índios Urubus-Kaapor na Floresta Amazônica.
    A LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade gestual-visual porque utiliza, como canal ou meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa, que é uma língua de modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua. Embora com as diferenças peculiares a cada língua, todas as línguas possuem algumas semelhanças que a identificam como língua e não linguagem como, por exemplo, a linguagem das abelhas, dos golfinhos, dos macacos, enfim, a comunicação dos animais.
    Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir de unidades mínimas que formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os seguintes níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático, o semântico e o pragmático.
    No nível fonológico, as línguas são formadas de fonemas. Os fonemas só têm valor contrastivo, não têm significado mas, a partir das regras de cada língua, se combinam para formar os morfemas e estes as palavras.
    Na língua portuguesa, os fonemas I m I I n I I s I I a I I e I I i I podem se combinar e formar a palavra I meninas I.
    No nível morfológico, esta palavra é formada pelos morfemas {menin-} {-a} {-s}. Diferentemente dos fonemas, cada um destes morfemas tem um significado: {menin-} é o radical desta palavra e significa “criança”, o morfema {-a} significa “gênero feminino” e o morfema {-s} significa “plural”.
    No nível sintático, esta palavra pode se combinar com outras para formar a frase, que precisa ter um sentido em coerência com o significado das palavras em um contexto, o que corresponde aos níveis semântico (significado) e pragmático (sentido no contexto: onde está sendo usada) respectivamente. Outra semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos diferentemente por isso uma pessoa que fala uma determinada língua a utiliza de acordo com o contexto: o modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma pessoa estranha. Isso é o que se chama de registro. Quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la a partir do contexto. Outra semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa etária e ao sexo. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, a norma padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social como padrão.
    Ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modalidade diferente, possuem também estas características em relação às diferenças regionais, sócio-culturais, entre outras, e em relação às suas estruturas que também são compostas pelos níveis descritos acima.

As Categorias Gramaticais na LIBRAS




As categorias gramaticais ou parte do discurso são os paradigmas ou classes de palavras de uma língua. Todas língua possui palavras que são classificadas como fazendo parte de um tipo, classe ou paradigma em relação as seus aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos. Assim, na língua portuguesa, por exemplo, os substantivos são palavras que possuem desinência de gênero e número, são as palavras-chave de um sintagma nominal que pode ter a função de sujeito ou de objeto.
    Embora todas as línguas não possuam as mesmas classes gramaticas e muitas línguas não possuem algumas, isso não implica carência ou inferioridade, as línguas tem formas diferenciadas para expressar os conceitos. Por exemplo, na LIBRAS não há artigos, em inglês somente este uma forma para para artigo definido: “the”.
    As outras categorias, que existem na língua portuguesa, também existem na LIBRAS. Aqui serão apresentadas algumas e estudos mais aprofundados destas e de outras, que não serão mencionadas, já estão sendo feitos:
5.1. Verbo na LIBRAS
    Basicamente na LIBRAS, há dois tipos de verbo:
    a) verbos que não possuem marca de concordância, embora possam ter flexão para aspecto verbal;
    b) verbos que possuem marca de concordância.
    Quando se faz uma frase com verbos do primeiro grupo, é como se eles ficassem no infinitivo, por exemplo:
    (1) EU   TRABALHAR FENEIS   “eu trabalho na FENEIS”;     (2)EL@ TRABALHAR FENEIS  “ele/a trabalha na FENEIS”;     (3) EL@ TRABALHAR FENEIS  “eles/as trabalham na FENEIS.
        Os verbos do segundo grupo podem ser subdivididos em:
    1. Verbos que possuem concordância número-pessoal: a orientação marca as pessoas do discurso. O ponto inicial concorda com o sujeito e o final com o objeto. Exemplos :     (4)  1sPERGUNTAR2s  “eu pergunto a você”;     (5)  2sPERGUNTAR1s  “você me pergunta”
    2. Verbos que possuem concordância de gênero: são verbos classificadores porque a eles estão incorporados, através da configuração de mão, uma concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL ou COISA. Exemplos:
    (6)  pessoaANDAR    (configuração da mão em G);     (7)  veículoANDAR/MOVER (configuração da mão em 5 ou B, palma para baixo)     (8)  animalANDAR (configuração da mão em 5 ou 5, palma para baixo);
    3. Verbos que possuem concordância com a localização: são verbos que começam ou terminam em um determinado lugar que se refere ao lugar de uma pessoa, coisa, animal ou veículo, que está sendo colocado, carregado, etc. Portanto o ponto de articulação marca a localização. Exemplos:
    (9)    COPO  MESAk    coisa arredondadaCOLOCARk;     (10)  CABEÇAk   ATIRARk.
    Estes tipos de concordância podem coexistir em um mesmo verbo. Assim, há verbos que possuem concordância de gênero e localização, como o verbo COLOCAR acima; e concordância número-pessoal e de gênero, como o verbo DAR. Concluindo, pode-se esquematizar o sistema de concordância verbal, na LIBRAS, da seguinte maneira:
 
1. concordância número-pessoal              =>   parâmetro orientação
2. concordância de gênero e número       =>   parâmetro configuração de mão
3. concordância de lugar                            =>   parâmetro ponto de articulação
5.1.1.  Classificador na LIBRAS
Nas línguas do mundo as classificações podem se manifestam de várias formas. Podem ser:
  • uma desinência, como em português, que classifica os substantivos e os adjetivos em masculino e feminino: menina - menino;
  • pode ser uma partícula que se coloca entre as palavras;
  • e ainda pode ser uma desinência que se coloca no verbo para estabelecer concordância.
    Ao se atribuir uma qualidade a uma coisa como, por exemplo: arredondada, quadrado, cheio de bolas, de listras, etc isso representa um tipo de classificação porque é uma adjetivação descritiva, mas isso não quer dizer que seja, necessariamente, um classificador como se vem trabalhando este conceito nos estudos lingüísticos.
    Para os estudiosos deste assunto, um classificador é uma forma que existe em número restrito em uma língua e estabelece um tipo de concordância.
    Na LIBRAS, os classificadores são configurações de mãos que, relacionadas à coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de concordância.
    Assim, na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome que as precedem, pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do verbo. Portanto os classificadores na LIBRAS são marcadores de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA.
    Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado ao se representar duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação ao número.
    Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma característica desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal, exemplos:
    (11)  COPO   MESAk              coisa arredondadaCOLOCARk;
    (12)  2 CARRO veículoANDAR-UM-ATRÁS-DO-OUTRO (md)                                veículoANDAR (me)
     (13)  M-A-R-I-A   A-L-E-X    pessoaPASSAR-UM-PELO-OUTRO (md)                                                    pessoaPASSAR (me)
    Não se deve confundir os classificadores, que são algumas configurações de mãos incorporadas ao movimento de certos tipos de verbos, com os adjetivos descritivos que, nas línguas de sinais, por estas serem espaço-visuais, representam iconicamente qualidades de objetos. Por exemplo, para dizer nestas línguas que “uma pessoa está vestindo uma blusa de bolinhas, quadriculada ou listrada”, estas expressões adjetivas serão desenhadas no peito do emissor, mas esta descrição não é um classificador, e sim um adjetivo que, embora classifique, estabelece apenas uma relação de qualidade do objeto e não relação de concordância de gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, que é a característica dos classificadores na LIBRAS, como também em outras línguas orais e de sinais.
 
5.1.2. Advérbios de tempo
    Na LIBRAS não há marca de tempo nas formas verbais, é como se os verbos ficassem na frase quase sempre no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os advérbios geralmente vem no começo da frase, mas podem ser usados também no final. Para um tempo verbal indefinido, usa-se os sinais:
  • HOJE, que traz a idéia de “presente”;
  • PASSADO, que traz a idéia de “passado”;
  • FUTURO, que traz a idéia de futuro.

5.2. Adjetivo na LIBRAS
    Os adjetivos são sinais que formam uma classe específica na LIBRAS e sempre estão na forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para gênero (masculino e feminino), em para número (singular e plural).
    Muitos adjetivos, por serem descritivos e classificadores, apresentam iconicamente uma qualidade do objeto, desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor.
    Em português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo arredondado, quadrado, listrados, etc está, também, descrevendo e classificando, mas na LIBRAS esse processo é mais “transparente” porque o formato ou textura são traçados no espaço ou no corpo do emissor, em uma tridimensionalidade permitida pela modalidade da língua.
    Em relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm após o substantivo que qualifica. Exemplos:
    (14) PASSADO EU GORD@ MUITO-COMER, AGORA EU MAGR@ EVITAR COMER
    (15) LEÃ@ COR CORPO AMAREL@ PERIGOS@
    (16) RAT@ PEQUEN@, COR PRET@, ESPERT@
 
5.2.1. Comparativo de igualdade, superioridade e inferioridade
    Em LIBRAS, também, pode ser comparada uma qualidade a partir de três situações: superioridade, inferioridade e igualdade.
    Para se fazer os comparativos de superioridade e inferioridade, usa-se os sinais MAIS ou MENOS antes do adjetivo comparado, seguido da conjunção comparativa DO-QUE, ou seja:
  • comparativo de superioridade:    X    MAIS  ------- DO-QUE    Y;
  • comparativo de inferioridade:     X    MENOS  ----  DO-QUE    Y.
    Para o comparativo de igualdade, podem ser usados dois sinais: IGUAL (dedos indicadores e médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos em B, viradas para frente encostadas lado a lado), geralmente no final da frase. Exemplos:
    (17)  VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
    (18)  VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
    (19)  VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)                                              IGUAL (md)
5.3. Pronome na LIBRAS
5.3.1. Pronomes pessoais
    A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso:
  • primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NóS-3, NÓS-4, NÓS-GRUPO, NÓS-TOD@;
  • segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): VOCÊ, VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊ-TOD@;
  • terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@-GRUPO, EL@-TOD@
    No singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo, ou seja, a configuração da mão predominante é em “d” ( dedo indicador estendido, veja alfabeto manual), o que difere uma das outras é a orientação da mão: o sinal para “eu” é um apontar para o peito do emissor (a pessoa que está falando), o sinal para “você” é um apontar para o receptor (a pessoa com quem se fala) e o sinal para “ele/ela” é um apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencionado para uma terceira pessoa que está sendo mencionada.
    No dual, a mão ficará com o formato de dois, no trial o formato será de três, no quatrial o formato será de quatro e no plural há dois sinais: um sinal composto formado pelo sinal para a respectiva pessoa do discurso, no singular, mais o sinal GRUPO; e outro sinal para plural que é feito pela mão predominante com a configuração em “d” fazendo um círculo.
    Como na língua portuguesa, na LIBRAS, quando uma pessoa surda está conversando, ela pode omitir a primeira pessoa e a segunda porque, pelo contexto, as pessoas que estão interagindo sabem a qual das duas o verbo está relacionado, por isso, quando estas pessoas estão sendo utilizadas pode ser para dar ênfase à frase.
    Quando se quer falar sobre uma terceira pessoa que está presente, mas deseja-se uma certa reserva, por educação, não se aponta para esta pessoa diretamente. Nesta situação, o emissor faz um sinal com os olhos e um leve movimento de cabeça para a direção da pessoa que está sendo mencionada, ou aponta para a palma da mão encontrando o dedo na mão um pouco à frente do peito do emissor, estando esta mão voltada para a direção onde se encontra a pessoa referida.
 
5.3.2. Pronomes demonstrativos e advérbios de lugar
    Na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar têm o mesmo sinal, somente o contexto os diferencia pelo sentido da frase acompanhada de expressão facial.
    Este tipo de pronome e de advérbio estão relacionados às pessoas do discurso e representam, na perspectiva do emissor, o que está bem próximo, perto e distante.
    Estes pronomes ou advérbios têm a mesma configuração de mãos dos pronomes pessoais (mão em d), mas os pontos de articulação e as orientações do olhar são diferentes.
    Assim, EST@ / AQUI é um apontar para o lugar perto e em frente do emissor, acompanhado de um olhar para este ponto; ESS@ / AÍ é um apontar para o lugar perto e em frente do receptor, acrescido de um olhar direcionado não para o receptor , mas para o ponto apontado perto segunda pessoa do discurso; e AQUELE / LÁ é um apontar para um lugar mais distante, o lugar da terceira pessoa, mas diferentemente do pronome pessoal, ao apontar para este ponto há um olhar direcionado:
 
 
PRONOMES PESSOAIS PRONOMES DEMONOSTRATIVOS E ADVÉRBIOS DE LUGAR
EU   olhando para o receptor     EST@ / AQUI  olhando para o lugar apontado, perto do emissor   (perspectiva do emissor)
VOCÊ   olhando para o recptor ESS@ / AÍ  olhando para o lugar apontado, perto da 2a. pessoa   (perspectiva do emissor)
EL@     olhando para o receptor AQUEL@ / LÁ  olhando para o lugar  convencionado para 3a pessoa ou coisas afastadas
 
Como os pronomes pessoais, os pronomes demonstrativos também não possuem marca para gêneros masculino e feminino e, por isso, está ausência, ou neutralidade, está sendo assinalada pelo símbolo @.
 
5.3.3. Pronomes possessivos
    Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não possuem marca para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como acontece em português:
  • EU        =>  ME@ SOBRINH@;
  • VOCÊ  =>  TE@ ESPOS@;
  • EL@     => SE@.FILH@
    Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a configuração da mão em P com o dedo médio batendo no peito.
    Para as segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P, mas o movimento é em direção à pessoa referida: segunda ou terceira.
    Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes. Exemplo: NÓS  FILH@  “nosso(a) filho(a)”
 
5.3.4. Pronomes Interrogativos
5.3.4.1. QUE, QUEM, ONDE
    Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo usado com o sentido de “quem-é” ou “de quem é” são mais usados no final. Todos os três sinais têm uma expressão facial interrogativa feita simultaneamente com eles.
    O pronome interrogativo QUEM, dependendo do contexto, tem duas formas diferentes, os sinais QUEM e o sinal soletrado QUM. Se se quer perguntar “quem está tocando a campainha”, usa-se o sinal QUEM; se quer perguntar “quem faltou hoje” ou “quem está falando” ou ainda “quem fez isso”, usa-se o sinal soletrado QUM, como nos exemplos abaixo:
           interrog.     (20) QUEM            QUEM NASCER RIO?            QUEM FAZER ISSO?            PESSOA, QUEM-É?       “Quem é esta pessoa?”            CANETA, QUEM-É        “De quem é está caneta”            (contexto: Telefone TDD tocar) QUEM-É?            (contexto: Campainha tocar)  QUEM-É
 
            interrog.     (21) QUM             QUM TER LIVR@?             QUM FALAR?
 
5.3.4.2. QUAL, COMO, PARA-QUE  e POR-QUE
    Na LIBRAS, há uma tendência para a utilização, no final da frase, dos pronomes interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUE, e para a utilização, no início da frase, do pronome interrogativo POR-QUE, mas os primeiros podem ser usados também no início e POR-QUE pode ser utilizado também no final.
    Não há diferença entre o “por que” interrogativo e o “porque” explicativo, o contexto mostra, pelas expressões facial e corporal, quando ele está sendo usado em frase interrogativa ou em frase explicativa à pergunta.O pronome interrogativo COMO também tem outra forma em datilologia:
C-O-M-O. Exemplos:
  • QUAL?

    (22) BLUSA MAIS BONIT@. ESTAMPAD@ OU LIS@ QUAL?
            MAIS BONIT@ ESTAMPAD@.
    (23) VOCÊ LER LIVRO? QUAL NOME?
            NOME “ VENDO VOZES”
 
  • COMO?
    (24) VOCÊ IR PRAIA AMANHÃ CARRO ÔNIBUS A-PÉ? COMO?             CARRO. VOCÊ QUER IR-JUNTO?
    (25) EL@ COMPRAR CARRO? C-O-M-O TER DINHEIRO?             EL@ GANHAR LOTO
 
  • PARA-QUE?
    (26) FALAR M-L EL@ PRA-QUE?            PORQUE EU GOSTAR-NÃO EL@
    (27) CHEGAR ATRASAD@ , VOCÊ BEBER?             NÃO, PENSAR M-L! PRA-QUE? BOBAGEM! exp.facial “parece que ele percebeu,  me dei mal!!
 
  • POR-QUE?
            ...interrog...     (28)  POR-QUE FALTAR ONTEM TRABALHAR?              POR-QUE ESTAR DOENTE.
5.3.4.3. QUANDO, DIA, QUE-HORA, QUANTAS-HORAS
  • QUANDO e DIA
    Sempre simultaneamente aos pronomes ou expressões interrogativas há uma expressão facial indicando que a frase está na forma interrogativa.
    A pergunta com QUANDO está relacionada a um advérbio de tempo na resposta ou a um dia específico. Por isso há três sinais diferentes para “quando”. Um que especifica passado: QUANDO-PASSADO ( palma da mão com um movimento para o corpo do emissor), outro que especifica futuro: QUANDO-FUTURO (palma da mão com um movimento para fora do corpo do emissor), e outro que especifica o dia: DIA. Exemplos:
             interrogativo     (29) QUANDO-PASSADO
                                                 interrogativo
  • EL@ VIAJAR RECIFE QUANDO-PASSADO?
          Resposta: ONTEM, MÊS PASSADO, ANO-PASSADO, etc.
             interrogativo                   interrogativo     (30) QUANDO-FUTURO ou    DIA                                                            interrogativo
  • EL@ VIAJAR SÃO-PAULO QUANDO-FUTURO?
          Resposta: AMANHÃ, PRÓXIMO MÊS, DOMINGO, etc;
           interrogativo     (31) DIA                                                                                       interrogativo
  • EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ CASA. VOCÊ PODER DIA?
          Resposta: SÁBADO QUE-VEM, EU PODER.
 
  • Que-horas e Quantas-horas
    Na LIBRAS, para se referir a horas, usa-se a mesma configuração dos numerais para quantidade e, após doze horas, não se continua a contagem, começa-se a contar novamente: 1 HORA, 2 HORA, 3 HORA, etc, acrescentando o sinal TARDE, quando necessário, porque geralmente pelo contexto já se sabe se está se referindo à manhã, tarde, noite ou madrugada.
A expressão interrogativa QUE-HORAS? (um apontar para o pulso), está relacionada ao tempo cronológico, exemplo:
    (32) QUE-HORAS
  • AULA COMEÇAR QUE-HORAS AQUI?
  • VOCÊ TRABALHAR COMEÇAR QUE-HORAS?
  • AULA TERMINAR QUE-HORAS?
  • VOCÊ ACORDAR QUE-HORAS?
  • VOCÊ DORMIR QUE-HORAS?
    Já a expressão interrogativa QUANTAS-HORAS ( um círculo ao redor do rosto) está sempre relacionada ao tempo gasto para se realizar alguma atividade, exemplos:
                interrogativo     (33) QUANTAS-HORAS
  • VIAJAR SÃO-PAULO QUANTAS-HORAS?
  • TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS?
  • Expressões idiomáticas relacionadas ao ano sideral

    Na LIBRAS há 2 sinais diferentes para a idéia “dia”: um sinal relacionado a dia do mês, que é a datilologia D-I-A, e o sinal DIA (duração), (que tem a configuração de mão em d, batendo na testa no lado direito) Exemplos:
    (34) D-I-A AMANHÃ?             AMANHÃ D-I-A 17
    (35) VIAJAR RECIFE ÔNIBUS EU CANSAD@ DIA-2             “Eu estou cansada porque viajei 2 dias de ônibus para o Recife”
    Os numerais de 1 a 4 podem ser incorporados aos sinais DIA (duração), SEMA-NA, MÊS e ANO e VEZ, exemplos:
    (36) DIA-1, DIAS-2;
    (37) SEMANA-1, SEMANA-2, SEMANA-3, SEMANA-4;
    (38) MÊS-1, MÊS-2, MÊS-3;
    (39) ANO-1, AN0-2, ANO-3;
    (40) VEZ-1, VEZ-2, VEZ-3, MUIT@-VEZES
    A partir do numeral 5, não há mais incorporação e a construção utilizada é formada pelo sinal seguido do numeral segue. Esta construção também pode ser usada para os numerais inferiores a 5, que permitem a incorporação mencionada acima, exemplos:
    (41) DIA 4, DIA 20, SEMANA 8, ANO 6
    Aos sinais DIA (duração) e SEMANA podem ser incorporadas a freqüência ou duração através de um movimento prolongado ou repetido. Exemplos:
    (42)   TODOS-OS-DIAS  -  movimento repetido;
    (43)   DIA-INTEIRO  “o dia todo”  -  movimento alongado;
    (44)   TOD@-SEMANA 2ª-FEIRA  “ todas as segundas”  -  mov. alongado,               TOD@-SEMANA 4 a-FEIRA  “todas as quartas”
 
5.4. Numeral na LIBRAS
    As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na LIBRAS.
    Nesta língua é agramatical, ou seja, errado a utilização de uma única configuração das mãos para determinados numerais que têm configurações específicas que dependem do contexto, por exemplo: o numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1, como em LIVRO 1, que é diferente de PRIMEIRO-LUGAR, que é diferente de PRIMEIRO-ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é diferente de MÊS-1. Os numerais cardinais, as quantidades, e idade a partir do número 11 são idênticos. Os números 22, 33, 44 e 77 sempre são articulados com a mão apontando para a frente do emissor.
    Os numerais ordinais do PRIMEIRO até o NONO têm a mesma forma dos cardinais, mas aqueles possuem movimentos enquanto estes não possuem. Os ordinais do PRIMEIRO até o QUARTO têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do QUINTO até o NONO têm movimentos para os lados. A partir do numeral DEZ, não há mais diferença entre os cardinais e ordinais.
 
5.4.1. Utilização dos numerais para valores monetários, pesos e medidas
    Em LIBRAS para se representar os valores monetários de um até nove reais, usa-se o sinal do numeral correspondente ao valor, incorporando a este o sinal VÍRGULA. Por isso o numeral para valor monetário terá pequenos movimentos rotativos. Pode ser usado também para estes valores acima os sinais dos numerais correspondentes seguido do sinais soletrados  R-L “real” ou R-S “reais”.
    Para valores de um mil até nove mil também há a incorporação do sinal VÍRGULA, mas aqui o movimento desta incorporação é mais alongando do que os valores anteriores (de 1 até nove reais). Pode ser usado também para estes valores acima os sinais dos numerais corres-pondente seguido de PONTO.
    Para valores de um milhão para cima, usa-se também a incorporação do sinal VÍRGULA com o numeral correspondente, mas aqui o movimento rotativo é mais alongado do que em mil. Pode-se notar uma gradação tanto na expressão facial como neste movimento da vírgula incorporada que ficam maiores e mais acentuados : de 1 a 9  <  de 1.000 a 9.000  <  de 1.000.000 a 9.000.000.
    Quando o valor é centavo, o sinal VÍRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na maioria das vezes não precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode esclarecer e os valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.

Tipos de Frases na LIBRAS


    As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em LIBRAS está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase, exemplos:
  •  FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra
     (45) Meu nome M-A-R-I-A.
 
  • FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima
                            interrog       (46) NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao sinal QUAL)
             interrog       (47) NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal NOME)
 
  • FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo.

      (48) EU VIAJAR RECIFE, BOM! BONIT@ LÁ! CONHECER MUIT@ SURD@
 
  • FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através de três processos:

      a) com o acréscimo do sinal NÃO `a frase afirmativa:
                                                         negação       (49) BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO;
 
       b) com a incorporação de um movimento contrário ao do sinal negado:
                           negação       (50) GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE;
                    negação       (51) EU TER-NÃO TTD;
 
      c)com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está sendo negada ou juntamente com os processos acima:
                                               não       (52) EU VIAJAR PODER
 
À guisa de conclusão
    Compreender a gramática de uma língua é apreender as regras de formação e de combinação dos elementos desta língua. Nesta introdução, a LIBRAS pôde ser percebida a partir de algumas classes gramaticais. Os estudos, já em andamento, aprofundando nos pontos aqui apresentados e em outros não mencionados, poderão mostrar a gramática desta língua.
1. Sinais da LIBRAS: em letras maiúsculas em língua portuguesa.
 Exemplos: CASA, ESTUDAR, CRIANÇA.
2. Sinal único: duas ou mais palavras da língua portuguesa separadas por hífen.
 Exemplos: CORTAR-COM-FACA, NÃO-QUERER "não querer", COMER-MAÇÃ, MEIO-DIA, AINDA-NÃO.
3. Sinal composto: duas ou mais palavras separadas pelo símbolo ^. Exemplos: CAVA-LO^LISTRA  “zebra”.
4. Datilologia (alfabeto manual): palavra separada, letra por letra, por hífen. Exemplos:  J-O-Ã-O, A-N-E-S-T-E-S-I-A.
5. Sinal soletrado: datilologia da palavra, ou algumas letras dela, em itálico. Exemplos: R-S   “reais”, A-C-H-O   “acho”, QUM  “quem”, N-U-N-C-A.
6. Ausência de marca para gêneros (masculino e feminino) e número (plural): símbolo @.
Exemplos: AMIG@  “amiga(s) e amigo(s)” , FRI@  “fria(s) e frio(s)”, MUIT@  “muita(s) e muito(s)”, TOD@, (toda(s) e todo(s), EL@  “ela(s), ele(s), ME@  “minha(s) e meu(s)”.
7. Expressões facial e corporal: especificação sobreposta ao sinal.
 a) tipo de frase: !, ?, ?! ou interrogativa ou    ... i ...  negativa   ou ... neg ...
 b) advérbio de modo ou intensificador: muito   rapidamente    exp.f "espantado"
8. Concordância de gênero (pessoa, coisa, animal): Exemplos:
 pesssoaANDAR, veículoANDAR, coisa-arredondadaCOLOCAR
9. Concordância de lugar e/ou número pessoal:
a) variáveis que indicam o lugar: i   =   ponto próximo à 1a pessoa                                                               j   =   ponto próximo à 2a pessoa                                                       k e k'   =   pontos próximos à 3a pessoas                                                              e   =   esquerda                                                              d   =   direita
b) pessoas gramaticais1s, 2s, 3s   =   1a, 2a e 3a pessoas do singular;                                            1d, 2d, 3d   =   1a, 2a e 3a pessoas do dual;                                            1p, 2p, 3p   =   1a, 2a e 3a pessoas do plural; etc
Exemplos:    1s DAR2s  "eu dou para você",                   2sPERGUNTAR3P  "você pergunta para eles/elas",                   kdANDARk'e  "andar da direita para à esquerda”
10. Marca de plural pela repetição do sinal: uma cruz no lado direto acima do sinal:
Exemplo: GAROTA +
11. Sinal ou sinais feitos pelas duas mãos simultaneamente: um abaixo do outro com indi-cação das mãos: direita (md) e esquerda (me).
 Exemplos:  IGUAL (me)                 muitas-pessoasANDAR  (me)                      IGUAL (md)                    pessoaANDAR  (md)
12. Tradução da frase da LIBRAS para a língua portuguesa: uso de “  ”
Exemplo: 1s DAR2S  "eu dou para você"