quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Planejando uma atividade com hipertexto ou internet


Tema:  Libras na Sala de Aula

Conteúdo:
ü  Tipos de Frases na Libras
Público-alvo:
ü  Alunos da 3ª e 4ª série do Ensino Fundamental-EJA da U. E. José Vieira Lins
Duração: 45 minutos
Objetivos:
ü  Identificar as frases nas formas: afirmativa, negativa, interrogativa, exclamativa e imperativa;
ü  Aprimorar os conhecimentos usando a língua na modalidade gestual-visual;
ü  Ampliar o vocabulário e aprender novos sinais dentro do contexto;
Metodologia:
ü  Iniciar a aula através da apresentação de um vídeo;
ü  Explorar o vídeo através de perguntas feitas aos alunos;
ü  Explicar sobre a lei que oficializou a Libras, como língua oficial das comunidades surdas;
ü  Explicar os tipos de frases na Libras, e a expressão facial correspondente;
ü  Utilizar as expressões faciais para cada tipos de frases: afirmativa, negativa, interrogativa, exclamativa e imperativa;
ü  Aprimorar a expressão facial para construção de diferentes frases;
Recursos:
ü  Netbook, projetor de vídeo, pincel atômico e apagador.
Avaliação:
ü  Observar a participação e compreensão dos alunos durante a aula;
ü  Analisar e avaliar os aspectos cognitivos dos alunos;
ü  Realizar atividades, observando o nível de aprendizagem de novos conhecimentos em Libras;
Referência Bibliográfica:
FELIPE, Tanya A. LIBRAS em Contexto. Curso Básico: Livro do Estudante. MEC/FENEIS: Rio de Janeiro. 2009.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pedagogia Surda

De acordo com Skliar (1999), os Estudos Surdos, que defendem uma Pedagogia Surda, se constituem enquanto um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas, são focalizados e entendidos a partir da diferença, a partir do seu reconhecimento político. Nessa perspectiva, o surdo é reconhecido como um sujeito completo e não como um sujeito deficiente, a quem falta algo. Ainda que não seja desconsiderada a ausência ou deficiência do sentido da audição, a Pedagogia Surda não valoriza aquilo que falta, mas a cultura visual dos surdos em suas práticas. No entanto, durante muitos anos, houve a tentativa de normalizar os surdos com práticas oralistas que tentaram aproximá-los dos ouvintes. Mas essa tentativa sofreu resistência por parte do povo surdo, que lutou pelo reconhecimento de sua língua própria, a Língua de Sinais.
 
     Porém, ainda hoje, no ambiente escolar, o surdo sofre por apresentar uma escrita “estrangeira” quando escreve em português já que, em muitos casos, é influenciada pela estrutura da Língua de Sinais. Em muitos casos, quando o professor não entende sua escrita, o aluno surdo pode sofrer preconceito, recebendo até mesmo rótulos relativos à falta de interesse, bem como, alguns professores enfatizam que os alunos surdos possuem dificuldades de aprendizagem etc.
 
      Quando o professor ouvinte sabe Língua de Sinais, pode comunicar-se de maneira satisfatória com seu aluno surdo. Porém, quando o professor também é surdo, além da mesma comunicação, ambos possuem identidade surda, o que contribui para uma harmonia ainda melhor entre professor-aluno. Nesses casos, a sala de aula passa a ser um lugar de ricas trocas de conhecimentos entre ambos, as quais ocorrem de forma natural, além de o aluno encontrar na figura do professor um modelo de adulto surdo. A presença do professor surdo em sala de aula recebe ainda maior importância quando, muitas vezes, em suas casas, os alunos surdos não possuem uma boa comunicação com sua família devido à barreira da língua. O professor surdo, além de um líder para o aluno surdo, representa uma perspectiva para o seu próprio futuro. Por essa razão, muitos educadores hoje defendem a educação bilíngüe e a importância de que as crianças surdas iniciem sua escolarização junto a outros colegas surdos e com professores que saibam a língua de sinais, preferencialmente surdos, pois além de usuários naturais da língua de sinais, eles são referenciais significativos para a constituição de identidades que se reconheçam como diferentes, não como deficientes e inferiores aos ouvintes.